A Comissão dos Assuntos Internos do Parlamento da África do Sul visitará na terça-feira, 10 de Dezembro, a fronteira de Lebombo para avaliar as operações à luz das perturbações causadas pelos protestos políticos em curso em Moçambique. A visita faz parte da obrigação constitucional da comissão de supervisionar o Executivo para garantir a responsabilização.
“A comissão já recebeu planos operacionais que abrangem a Autoridade de Gestão das Fronteiras e do Departamento dos Assuntos Internos. A visita irá avaliar a implementação dos planos desenvolvidos. Algumas das intervenções críticas que a comissão gostaria de observar incluem a implantação de Sistemas Aéreos Não Tripulados (Drones), que estão a ser utilizados para monitorizar congestionamentos, movimentos ilegais de pessoas através da linha de fronteira e quaisquer actos que exijam intervenções”, afirmou Mosa Chabane, o presidente da comissão, citado no comunicado do Parlamento.
Segundo o documento, o posto fronteiriço de Lebombo é um dos mais movimentados, sendo que, este ano, o aumento acentuado dos volumes a serem processados será agravado pelos recentes protestos políticos em Moçambique, pelo que é necessário que o comité visite a infra-estrutura para avaliar se os planos em vigor são adequados para superar os desafios previstos.
“Embora tenhamos plena confiança nas autoridades responsáveis pela aplicação da lei para lidar com qualquer eventualidade, é necessário garantir que os planos sejam cuidadosamente elaborados para lidar com cenários diferentes. É igualmente importante que o comité avalie a colaboração entre o Governo sul-africano e dos países vizinhos para garantir a circulação sem problemas através da fronteira”, sublinhou o responsável.
À luz dos protestos em Moçambique, é também necessário que as autoridades locais de aplicação da lei melhorem a comunicação, desviando o tráfego para os postos vizinhos para aliviar a pressão em Lebombo.
O comité irá também avaliar a afectação de recursos humanos adicionais ao porto para garantir uma capacidade adequada em todas as alturas da infra-estrutura.