A exportação de lichia para a Europa registou um crescimento significativo, impulsionado pelo aumento da produção, iniciativas de fomento e suporte técnico aos agricultores que se dedicam a esta cultura.
Segundo o jornal notícias, a informação foi destacada pelo ministro da Agricultura e Desenvolvimento Rural, Celso Correia, durante uma visita às unidades de produção e processamento de lichia e outras culturas no posto administrativo de Catuane, no distrito de Matutuíne, província de Maputo, Sul do País.
Actualmente, Moçambique produz cerca de 55 mil toneladas de lichia por ano, com tendência de aumento à medida que novas áreas de produção são desenvolvidas. A província de Manica, no Centro do País, lidera com aproximadamente 60% da produção nacional, totalizando 32 614 toneladas anuais, seguida por Maputo, que contribui com 21 674 toneladas.
Manica pretende expandir ainda mais a sua produção nos próximos anos, tendo como principais destinos de exportação os mercados europeus, incluindo Inglaterra, França, Espanha, Itália e Alemanha. Em termos de retorno financeiro, a lichia gera, em média, cerca de três milhões de dólares em divisas por ano, com perspectivas positivas de crescimento, considerando que ainda é uma cultura em fase de consolidação.
“Este ano a lichia enfrentou grandes desafios devido às variações climáticas, não apenas em Moçambique, mas também na África do Sul. Chegar a esta fase e ter produção é muito positivo. O nosso produto vai entrar no mercado europeu, numa janela específica nas próximas duas semanas, o que representa uma importante geração de divisas para o País”, destacou Celso Correia.
Além de acompanhar a produção de lichia, o ministro visitou áreas de cultivo de tomate, um produto essencial para o abastecimento do mercado nacional, com destaque para o mercado grossista do Zimpeto.
O governante garantiu que, “nos próximos dias, haverá disponibilidade suficiente de tomate e outros produtos agrícolas no Sul do País, mesmo enfrentando desafios relacionados com o período de menor produção e com a concorrência da África do Sul”, que já possui um mercado consolidado.