O porto de Maputo investiu cerca de 126,4 milhões de meticais (dois milhões de dólares) na aquisição de um simulador marítimo – infra-estrutura constituída por um sistema de equipamentos que permite o treino em ambiente digital de todas as operações que decorrem no espaço marítimo – destinado a dar formação virtual aos trabalhadores, anunciou esta sexta-feira (6) o Governo, informou a Lusa.
“O simulador foi produzido na Índia, num investimento de cerca de dois milhões de dólares. É um alto investimento, mas também uma grande infra-estrutura”, afirmou o ministro dos Transportes e Comunicações, Mateus Magala, durante uma visita ao porto.
O equipamento permitirá o treino virtual das operações marítimas, optimizando a capacitação dos profissionais. Segundo o governante, a nova infra-estrutura impulsionará a instrução, profissionalizará as actividades e trará “mais eficiência na qualificação e na capacidade” dos pilotos e outros trabalhadores do sistema portuário.
A Sociedade de Desenvolvimento do Porto de Maputo (MPDC), responsável pela concessão do porto, prevê investir 37,9 mil milhões de meticais (600 milhões de dólares) nos próximos três anos para expandir a infra-estrutura portuária. Este plano de investimento faz parte da primeira fase da cláusula adicional ao contrato de concessão, anunciada este ano.
Mateus Magala acrescentou que, “antes da aquisição do simulador, os trabalhadores tinham oportunidades de formação através de outras infra-estruturas, noutros sectores ou países, ou através da prática em navios reais.”
O porto de Maputo tem um papel central no sistema portuário moçambicano. Em 2023, movimentou mais de 31,2 mil toneladas de mercadorias, um aumento de 16,7% em relação a 2022. Este desempenho contribuiu para o crescimento geral dos portos no País, que movimentaram mais de 63 mil toneladas de mercadorias no ano passado, um incremento de 12,3% face a 2022.
Além do porto de Maputo, o relatório do Ministério da Economia e Finanças destacou o crescimento em Nacala-Velha, que movimentou 13,8 mil toneladas (+20,3%), e no porto de Nacala, com três mil toneladas (+14,9%). Já o porto da Beira registou uma ligeira redução, movimentando 13,6 mil toneladas (-1,3%).
O aumento no desempenho dos portos foi atribuído à maior procura por produtos como combustível, trigo e fertilizantes, bem como ao desvio de cargas de outros portos, segundo o relatório.