O Governo garantiu que os principais destinos turísticos do País permanecem seguros e as operações nas fronteiras estão a decorrer normalmente, apesar dos protestos registados em algumas zonas urbanas na sequência das eleições gerais de 9 de Outubro, segundo informou a Lusa.
Através de um comunicado, a ministra da Cultura e Turismo, Eldevina Materula, assegurou que as manifestações têm estado confinadas a áreas urbanas específicas, sem impactar os destinos turísticos mais procurados, como parques, reservas nacionais, praias e outras regiões costeiras.
“Os aeroportos e as passagens terrestres estão operacionais, permitindo que os viajantes cheguem aos seus destinos sem dificuldades”, afirmou a ministra, reconhecendo a apreensão de alguns turistas devido às paralisações e greves relacionadas com a contestação dos resultados eleitorais.
O Governo reafirmou estar a trabalhar em estreita colaboração com o sector privado de turismo e viagens, bem como com as autoridades locais, para garantir a disseminação de informações precisas e a segurança de visitantes e residentes. “O foco permanece na segurança de todos os visitantes e na vitalidade do sector turístico”, sublinhou a governante.
A ministra destacou ainda os esforços para descongestionar a principal fronteira rodoviária de Ressano Garcia, recomendando o uso das passagens da Ponta do Ouro, de Namaacha e de Goba, todas na província de Maputo, durante a época festiva de Natal e ano novo.
“Estamos a adoptar medidas proactivas para assegurar a vitalidade do sector turístico e evitar alarmismos desnecessários. O turismo em Moçambique mantém-se resiliente e preparado para receber viajantes”, garantiu Eldevina Materula.
As tensões pós-eleitorais em Moçambique surgiram após a Comissão Nacional de Eleições (CNE) ter anunciado, a 24 de Outubro, os resultados das eleições gerais, atribuindo a vitória a Daniel Chapo, apoiado pela Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), com 70,67% dos votos. O principal candidato da oposição, Venâncio Mondlane, que obteve 20,32%, rejeitou os resultados e convocou manifestações em “todos os bairros” do País para contestar a eleição.
Os protestos, que decorrem até 11 de Dezembro, têm provocado paralisações temporárias e confrontos entre manifestantes e a polícia em algumas áreas urbanas. Apesar disso, o Governo reafirma o seu compromisso em garantir a normalidade e proteger a imagem do País como destino turístico seguro.