O Grupo JFS informou esta quinta-feira, 5 de Dezembro, que, através da Sociedade Algodoeira do Niassa JFS, SA (SAN-JFS), concluiu com sucesso a sua missão de assistência de emergência na zona algodoeira de Cabo Delgado, reforçando o seu papel como actor central no apoio aos pequenos agricultores e na preservação de uma cultura agrícola de enorme relevância histórica e económica para o País.
De acordo com um comunicado da empresa, na sequência do colapso, em 2022, da concessionária de algodão em Cabo Delgado, milhares de pequenos agricultores viram-se privados da possibilidade de comercializar o seu produto na campanha de 2021-2022.
Atendendo à gravidade da situação, o Grupo JFS respondeu ao apelo do Instituto de Algodão e Oleaginosas de Moçambique (IAOM), apresentando uma proposta aberta para a aquisição de toda a produção pendente dessa campanha. Em apenas três semanas, foram estabelecidos os termos finais da operação, permitindo à SAN-JFS comercializar, com sucesso e em tempo recorde, cerca de 1700 toneladas de algodão-caroço, no valor de 56 milhões de meticais, salvaguardando a subsistência de aproximadamente 4500 famílias.
Reconhecendo o impacto positivo desta intervenção, o IAOM solicitou à SAN-JFS que assegurasse, em carácter de emergência, o fomento da cultura algodoeira na campanha de 2022-2023, de modo a evitar a paralisação total da produção enquanto se estruturava uma solução definitiva para essas áreas. “Apesar do tempo exíguo para a preparação agrícola, a SAN-JFS disponibilizou, a seu risco, os insumos e os meios necessários para apoiar cerca de mil produtores, resultando numa produção de 350 toneladas de algodão-caroço, com um valor total de 11,5 milhões de meticais para as famílias envolvidas”, lê-se na nota.
Com o processo de concurso público para a atribuição definitiva da concessão ainda em curso, o IAOM solicitou à SAN-JFS a extensão das suas actividades de fomento de emergência na campanha de 2023-2024, desta feita abrangendo duas mil famílias. “Esta acção culminou na produção de 660 toneladas de algodão-caroço, no valor de 20 milhões de meticais, confirmando o impacto transformador do trabalho desenvolvido pelo Grupo JFS em prol das comunidades rurais de Cabo Delgado”, destaca-se no comunicado.
A empresa esclarece ainda que a missão de emergência em Cabo Delgado chegou ao fim, após a adjudicação da concessão a outra entidade, e com o fecho formal da campanha agrícola 2023-2024. “O Grupo JFS aproveita esta oportunidade para expressar a sua profunda gratidão aos agricultores parceiros, às autoridades locais, ao Fórum Nacional de Produtores de Algodão (FONPA), bem como aos seus dedicados trabalhadores e fornecedores, cuja colaboração foi essencial para o êxito desta operação”, lê-se no documento.