O Instituto Nacional de Gestão e Redução do Risco de Desastres (INGD), na província do Niassa, no Norte de Moçambique, necessita de aproximadamente 56,7 milhões de meticais para implementar o plano de contingência da época chuvosa e ciclónica 2024-25. Durante este período, estima-se que, pelo menos, 30 400 pessoas sejam afectadas nos distritos de Cuamba, Mavago, Mandimba, Mecanhelas, Metarica e Mecula.
Segundo informou o jornal notícias, a delegada provincial do INGD, Maria Cavo, explicou que o orçamento se destina a mitigar os impactos de eventos climáticos, como ventos fortes, inundações urbanas, secas, cheias e ciclones.
“Esta é uma estimativa de tudo o que precisamos para adquirir bens diversos, tanto alimentares como não alimentares. O orçamento global inclui actividades como monitorização, pré-posicionamento, assistência nas primeiras 72 horas e acções de seguimento. Contamos com o apoio de parceiros de cooperação, entidades privadas e cidadãos singulares para mobilizar os recursos necessários”, afirmou a responsável.
Apesar dos esforços, o INGD enfrenta desafios significativos, como a assistência às famílias em situação de insegurança alimentar, incluindo deslocados internos na zona norte do País, resultantes dos desastres naturais da época passada.
Para o período actual, estima-se a necessidade de 2299 toneladas de produtos alimentares para apoiar as pessoas em situação de insegurança alimentar durante seis meses. Contudo, a província dispõe de apenas 69 toneladas de cereais, feijão e açúcar, quantidade considerada insuficiente para atender à demanda prevista. Além disso, a escassez de óleo alimentar, um item básico, é motivo de preocupação para a instituição.
Neste contexto, o INGD planeia posicionar os bens disponíveis nas áreas identificadas como prioritárias. Um dos itens mais requisitados pelas famílias deslocadas durante a época chuvosa é o plástico para cobrir habitações provisórias. Entretanto, o armazém provincial dispõe de 66 tendas familiares, o que ajuda a reduzir parcialmente a preocupação com o abrigo temporário.
Por outro lado, a secretária de Estado da província, Lina Portugal, recomendou ao INGD que divulgue o prognóstico da época chuvosa e ciclónica por meio dos comités locais de gestão de risco. Segundo a fonte, essa estratégia “pode mitigar os impactos negativos e evitar danos humanos e materiais significativos”.
Por outro lado, a governadora daquela província, Judite Massengele, apelou para que os sectores da saúde, agricultura e infra-estruturas rodoviárias elaborem um plano de contingência capaz de responder adequadamente aos desafios esperados durante a época chuvosa.