A moeda chinesa, o yuan, desvalorizou para os níveis mais baixos dos últimos meses, face ao dólar norte-americano, desde a reeleição de Donald Trump como Presidente dos Estados Unidos.
O regresso do republicano ao poder alimentou receios de um agravamento das fricções comerciais entre Pequim e Washington, interrompendo uma anterior recuperação da moeda chinesa.
O yuan negociado nos mercados internacionais (offshore) caiu 0,39%, para 7,3 mil por cada dólar norte-americano, abaixo da referência de 7,3.
O yuan negociado no mercado chinês (onshore) enfraqueceu para 7,2 mil por cada unidade de dólar, o valor mais baixo desde Novembro do ano passado.
O Banco Popular da China (banco central) fixou nesta quarta-feira, 4 de Dezembro, a taxa média – também conhecida como taxa de fixação – em 7,1 mil por dólar, marcando um mínimo de 15 meses.
“A contínua depreciação do yuan reflecte uma combinação de factores, incluindo um dólar americano forte, saídas de capital e expectativa de aumento das taxas” sobre as importações chinesas, disse a corretora Everbright Securities, numa nota difundida nesta quarta-feira.
O yuan caiu desde que Trump garantiu um segundo mandato, no mês passado, revertendo os ganhos anteriores, na sequência das medidas de estímulo adoptadas por Pequim, no final de Setembro.
A Everbright Securities sustentou que tanto o yuan como os rendimentos das obrigações do Tesouro estão a voltar aos seus padrões anteriores ao estímulo, à medida que os efeitos das políticas diminuem.
O primeiro mandato de Donald Trump (2017-2021) ficou marcado por uma intensa guerra comercial e tecnológica contra o país asiático, que incluiu a imposição de taxas alfandegárias punitivas sobre milhares de milhões de dólares de importações oriundas da China, sanções contra empresas-chave chinesas, como a Huawei, e controlos mais apertados sobre o investimento e acesso por entidades chinesas a alta tecnologia produzida nos Estados Unidos da América.
Fonte: Notícias ao Minuto