O Governo angolano anunciou um vasto plano de privatização de 73 activos e empresas estatais até 2026, com o objectivo de aumentar a produtividade económica do país e atrair o investimento privado.
O secretário de Estado das Finanças e do Tesouro, Ottoniel dos Santos, revelou que os principais processos de privatização de empresas como a ENSA (seguros), Unitel (telecomunicações), TV Cabo e Banco de Fomento Angola (BFA) vão arrancar este ano, com recurso a ofertas públicas iniciais (OPI).
Expansão para diamantes, petróleo e companhias aéreas
Até 2024, os esforços de privatização estender-se-ão às participações na empresa angolana de diamantes Endiama, no gigante petrolífero estatal Sonangol e na Bodiva, a Bolsa de Dívida e Valores de Angola. A companhia aérea nacional TAAG e a Aldeia Nova (projecto de desenvolvimento agrícola) também deverão ser privatizadas, o que representa um avanço significativo nos esforços do Governo para transferir indústrias estratégicas para o sector privado. Estas medidas sublinham o empenhamento de Angola na revitalização da sua economia e na promoção de mercados competitivos.
Revitalização de sectores estratégicos
Estão igualmente previstos para privatização activos importantes em sectores como a logística, os transportes, a indústria cervejeira e o cimento. Estão a ser envidados esforços para repor a produção destas unidades, permitindo-lhes servir melhor a economia nacional. Entre estes activos, espera-se que 31 processos estejam concluídos até ao quarto trimestre de 2024, enquanto outras privatizações incluem subsidiárias da Sonangol, unidades industriais na Zona Económica Especial (ZEE) e outras empresas de referência nacional.
Aumentar a confiança dos investidores
A iniciativa Propriv 2023-2026 reflecte as reformas económicas mais amplas de Angola, com a finalidade de aumentar a transparência, atrair investimento estrangeiro e modernizar sectores críticos. Com IPO e privatizações da bolsa de valores como estratégias centrais, este ambicioso programa promete remodelar o panorama económico de Angola, abrindo oportunidades para investidores nacionais e internacionais. O sucesso destas privatizações desempenhará um papel fundamental na aceleração da diversificação económica de Angola e na promoção do crescimento sustentável.
Fonte: Further Africa