O Presidente sul-africano disse esta terça-feira, 3 de Dezembro, que o país vai usar a presidência rotativa do G20 para impulsionar o desenvolvimento do continente africano e do Sul Global.
“Será a primeira vez que um país africano presidirá ao G20″, sublinhou Cyril Ramaphosa no lançamento oficial da presidência da África do Sul do grupo de países desenvolvidos e emergentes.
A África do Sul substituiu no domingo, 1 de Dezembro, o Brasil na presidência do bloco, que se prolonga até 31 de Novembro de 2025 sob o tema “Solidariedade, igualdade e sustentabilidade”.
Ramaphosa sublinhou que o seu país assume a liderança “numa altura em que o mundo enfrenta sérios desafios. A crise das alterações climáticas está a agravar-se. Em todo o mundo, milhares de milhões de pessoas são afectadas pelo subdesenvolvimento, desigualdade, pobreza, fome e desemprego”, afirmou.
O Presidente sul-africano admitiu também que “as perspectivas de crescimento económico global continuam a ser fracas e muitas economias estão sobrecarregadas com níveis insustentáveis de dívida.” Entre os desafios, citou a “instabilidade geopolítica, os conflitos e as guerras”, que “estão a causar mais dificuldades e sofrimento” numa altura de “grandes mudanças tecnológicas, que apresentam tanto oportunidades como riscos.”
Embora estes desafios sejam comuns, afirmou, as suas causas e consequências “estão distribuídas de forma desigual pelos países. A África do Sul trabalhará em conjunto com os membros do G20 e criará parcerias em toda a sociedade para aproveitar a vontade e as capacidades globais para enfrentá-los. Todos nós procuramos um crescimento económico mais rápido e mais inclusivo. Todos procuramos um mundo mais justo e mais igualitário e um mundo em que a pobreza e a fome sejam erradicadas. Todos procuramos evitar os piores efeitos das alterações climáticas e preservar o nosso planeta para as gerações futuras”, acrescentou.
A presidência sul-africana culminará com a cimeira dos líderes do G20 em Joanesburgo, em Novembro de 2025, que vai adoptar, segundo Ramaphosa, uma declaração que reflicta “as opiniões colectivas dos países do G20 e as acções comuns que vão tomar para fazer face aos desafios mais importantes que o mundo enfrenta actualmente.”
A África do Sul é o quarto país em desenvolvimento e do chamado Sul Global a presidir consecutivamente o grupo, depois da Indonésia (2022), Índia (2023) e Brasil (2024).
O próximo país a assumir a presidência do G20 serão os Estados Unidos.
Fonte: Lusa