Angola está prestes a dar um salto significativo no seu sector energético com planos para iniciar a produção de gás natural independente do petróleo até 2025.
A iniciativa histórica, liderada pelo Consórcio Novo Gás (NGC), foi anunciada pelo ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo, a 22 de Novembro passado. Este ambicioso projecto marca o papel crescente de Angola na diversificação da produção de energia e na promoção do crescimento económico.
O NGC é constituído por uma formidável aliança entre a Sonangol, a Azule Energy, a TotalEnergies e a Cabinda Gulf, com um investimento estimado em 4 mil milhões de dólares para cobrir todo o ciclo de vida do projecto. A atenção centrar-se-á no desenvolvimento dos campos de gás de Quiluma e Maboqueiro, que inclui a construção de plataformas offshore e uma fábrica de processamento de gás onshore no Soyo, província do Zaire. Espera-se que estas infra-estruturas não só impulsionem a produção de energia, mas também reforcem as capacidades técnicas de Angola em matéria de extracção de gás natural.
Os benefícios económicos e sociais do projecto são substanciais. Durante a fase de construção, prevê-se que sejam criados 400 postos de trabalho para o desenvolvimento da plataforma e 300 para a fábrica de processamento de gás. Além disso, o consórcio comprometeu-se a afectar anualmente 2 milhões de dólares a projectos sociais durante a fase de produção, contribuindo para o desenvolvimento das comunidades locais até à conclusão da concessão em 2056. Estima-se que estas iniciativas reforcem o panorama socioeconómico de Angola e promovam um crescimento sustentável.
O lançamento deste projecto na véspera do 50.º aniversário da independência de Angola, em 2025, sublinha a sua importância como marco nacional. Esta iniciativa posiciona o país da África Austral como um interveniente fundamental na indústria do gás natural em África, reforçando a sua segurança energética e cimentando a sua presença no mercado global da energia.
À medida que o país aproveita este recurso para diversificar a sua economia, o projecto NGC constitui um testemunho do empenho de Angola na inovação e no progresso do sector energético.
Fonte: Further Africa