O Governo do Zimbabué prevê que o crescimento económico do país acelere para 6% em 2025, uma recuperação significativa após uma taxa de apenas 2% este ano. De acordo com o ministro das Finanças, Mthuli Ncube, este crescimento será impulsionado pela melhoria da produção agrícola e de energia, à medida que o país recupera de uma grave seca. A previsão foi feita na quinta-feira, 28 de Novembro, durante o anúncio do orçamento nacional.
Segundo uma publicação da Reuters, o Zimbabué, tal como outros países da região da África Austral, tem enfrentado sérios desafios económicos devido a uma seca induzida pelo fenómeno meteorológico El Niño, que afectou tanto a produção agrícola como o fornecimento de energia hidroeléctrica. Estes factores conduziram à escassez de alimentos e a falhas no sistema energético, tornando ainda mais difícil a recuperação económica do país.
Relativamente ao orçamento do próximo ano, Ncube afirmou que o défice orçamental deverá baixar para 0,4% do Produto Interno Bruto (PIB), uma melhoria significativa em comparação com o défice de 1,4% previsto para este ano. A redução do défice é vista como uma tentativa do Governo para equilibrar as finanças públicas e restaurar a confiança dos investidores.
As expectativas de crescimento do Zimbabué estão directamente ligadas à recuperação da agricultura, um sector crucial para a economia do país, e ao aumento da produção de energia, essencial para a recuperação industrial e comercial. O Executivo espera que a melhoria das condições climáticas e o aumento dos investimentos em infra-estruturas energéticas contribuam para dinamizar estes sectores.
Apesar dos desafios, o Estado zimbabueano mantém uma visão optimista do futuro, destacando as políticas implementadas para estabilizar a economia e garantir um crescimento sustentável. A diversificação da economia, com enfoque em sectores como a agricultura, a energia e a exploração mineira, é considerada uma estratégia fundamental para o longo prazo.
Com a previsão de recuperação e crescimento, o Zimbabué espera atrair mais investimento estrangeiro e melhorar a qualidade de vida dos seus cidadãos, ultrapassando as dificuldades enfrentadas nos últimos anos. A trajectória de recuperação do país será acompanhada de perto, uma vez que as condições climáticas e as políticas governamentais influenciam o desempenho económico nos próximos anos.