Em países africanos, onde os problemas de saúde são frequentemente agravados por desafios económicos, as repercussões de cuidados de saúde inadequados podem ser desastrosas, prejudicando todos os aspectos do desenvolvimento nacional.
A Organização das Nações Unidas (ONU), através do documento sobre os Objectivos de Desenvolvimento Sustentavel, mais especificamente no ponto 3 (ODS 3), afirma que todas as nações devem garantir uma vida saudável e promover o bem-estar para pessoas de todas as idades.
De acordo com um estudo divulgado pelo Business Insider, entre as metas previstas até 2030, destaca-se a redução da mortalidade materna, o fim de doenças como Síndrome da Imunodeficiência Adquirida – SIDA (em inglês: Acquired Immunodeficiency Syndrome, AIDS) e malária, a garantia de acesso universal à assistência médica e o avanço da saúde mental.
Segundo o relatório “Financiando África”, realizado pela Fundação Mo Ibrahim, Moçambique está entre os dez países com piores cuidados de saúde, ocupando, no ranking, a sexta posição. Este cenário está relacionado com a estagnação económica, sublinhado que os maus resultados de saúde aumentam os gastos directos das famílias, levando muitas à pobreza.
“Os governos de países com sistemas de saúde inadequados enfrentam despesas crescentes com a mesma e perdem os potenciais benefícios económicos de uma força de trabalho saudável. Além disso, um sistema de saúde que funciona mal desestimula o investimento estrangeiro, já que os investidores hesitam em operar em áreas com riscos significativos para a saúde e com acesso restrito a tratamentos médicos competentes”, destacou o estudo.
Em vez de ser um único índice global, a “pontuação ODS 3” é uma métrica dada a nações específicas de acordo com o seu desempenho em atingir os objectivos. Todos os anos, diversas organizações classificam e avaliam várias nações nos seus “Relatórios de Desenvolvimento Sustentável”. Quanto menor é o índice, mais fraco é o sistema de saúde.
Os 10 principais países africanos com mais problemas de saúde