O sector mineiro de África testemunhou um aumento notável na actividade de Fusões e Aquisições (F&A), com o valor total do negócio a aumentar 140% em termos anuais para 5 mil milhões de dólares em 2023, conforme detalhado no relatório Doing Deals in Sub-Saharan Africa 2024 da KPMG.
A actividade de F&A, ou Fusões e Aquisições, é uma operação societária que envolve a consolidação de empresas ou activos. As F&A podem ser uma estratégia empresarial para acelerar o crescimento, expandir as operações e aumentar a eficiência.
Este crescimento substancial sublinha o interesse acrescido dos investidores nos recursos naturais de África, particularmente os vitais para a transição energética global.
Os ricos depósitos de minerais do continente, como o ouro, o cobre e o ferro, juntamente com elementos críticos como o lítio, o cobalto e o níquel, cruciais para as tecnologias de energias renováveis, continuam a atrair a atenção global. Transacções significativas, incluindo a aquisição de 2 mil milhões de dólares da Khoemacau Copper Mining no Botsuana pelo gigante mineiro chinês MMG, realçam a atractividade do sector. O domínio da exploração mineira esteve presente em três das dez principais transacções da região em 2023, com um quinto dos investidores estratégicos a centrar-se nas empresas mineiras.
Em termos prospectivos, prevê-se que o sector mineiro continue a ser o mais promissor para a actividade de F&A, com 71% dos investidores a apontarem-no como uma das principais perspectivas para 2024 e anos seguintes, seguido do sector do petróleo e do gás, com 51%. O papel da África Subsaariana na transição energética fez do seu sector de recursos uma área-chave de atenção, impulsionada pela crescente procura de minerais industriais e componentes utilizados em tecnologias renováveis.
Os factores ambientais, sociais e de governação (ESG, na sigla em inglês) estão a influenciar cada vez mais as decisões de investimento. Países como o Gana, a Namíbia e a África do Sul implementaram quadros ESG sólidos para promover práticas mineiras sustentáveis. Os investidores estão a dar prioridade a empresas com métricas ESG robustas, reconhecendo a sua importância para a viabilidade do negócio e para garantir a sustentabilidade a longo prazo do sector.
Fonte: Further Africa

































































