Os preços do petróleo estão a negociar em terreno negativo na manhã desta sexta-feira, 29 de Novembro, depois de até terem arrancado o dia no verde, à boleia das acusações mútuas entre Israel e o Hezbollah de violação do acordo de cessar-fogo. Os investidores encontram-se, agora, à procura de pistas sobre o que poderá ser decidido na reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), adiada para a próxima semana.
O West Texas Intermediate (WTI), de referência para os EUA, perde 0,22% para 68,57 dólares, enquanto o Brent, o benchmark para o continente europeu, cede 0,71% para 72,76 dólares.
Os dois índices preparam-se para encerrar a semana com um saldo negativo. Desde segunda-feira (25), os futuros do Brent já caíram 2,4%, enquanto o WTI se encaminha para perdas na ordem dos 3%. A negociação, principalmente do índice de referência norte-americano, não regista grandes volumes, devido ao dia de Acção de Graças que encerrou os mercados financeiros na quinta-feira.
Mesmo com os investidores à espera que a OPEP continue a adiar a retoma de produção de crude até, pelo menos, ao início do próximo ano, os analistas da BMI acreditam “que isto não vai ser suficiente para eliminar o excesso de petróleo no mercado que prevemos para 2025”, explicam numa nota citada pela Reuters.
Também a guerra comercial entre os EUA e o Irão pode vir a ter repercussões no mercado petrolífero. O Goldman Sachs prevê que, caso a administração Trump e os seus aliados decidam apertar as sanções ao crude iraniano, a produção desta matéria-prima no país poderá cair quase mil milhões de barris por dia, na primeira metade de 2025.