Os preços do petróleo seguem a negociar em baixa, numa altura em que a reunião da Organização de Países Produtores de Petróleo e aliados (OPEP+) continua a centrar atenções. Os investidores estão à espera que o cartel volte a adiar a retoma de produção de crude, face às previsões de grande oferta dessa matéria-prima no mercado em 2025.
“O petróleo pode já ter incorporado um pouco do adiamento da produção da OPEP+”, avançou Vandana Hari, fundadora da Vanda Insights em Singapura, à Bloomberg. “Uma decisão de prosseguir com o aumento a partir de 1 de Janeiro ou algo tão drástico como um adiamento indefinido” constituiria uma grande surpresa para os mercados, acrescentou a analista.
A esta hora, o West Texas Intermediate (WTI), de referência para os EUA, recua 0,23% para 68,56 dólares, enquanto o Brent, o benchmark para o continente europeu, desvaloriza 0,19% para 72,69 dólares. O crude tem registado quedas consideráveis nas últimas sessões, em antecipação de um recuo das tensões geopolíticas no Médio Oriente, com o acordo de cessar-fogo entre Israel e Hezbollah finalmente a materializar-se.
No entanto, os investidores estão cépticos sobre a durabilidade desta trégua, com comentários do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, a trazerem a incerteza de volta à equação.
A nível da procura, os stocks de crude caíram em 1,8 milhão de barris na última semana, invertendo a tendência registada nos três exercícios anteriores, de acordo com dados da Energy Information Administration norte-americana.