O BCI acolheu, na terça-feira, 26 de Novembro, no auditório do seu edifício-sede, em Maputo, a cerimónia de lançamento do romance “Lágrimas no Estendal do Tempo”, do escritor moçambicano Carlos Nhangumele.
Segundo um comunicado do banco, Carlos Nhangumele pretende, com a sua obra, convidar os leitores para uma jornada emocional e intelectual, na qual os protagonistas lidam com questões existenciais e sociais do mundo em que vivem.
Intervindo na ocasião, a directora das mediatecas do BCI, Carla Mamade, destacou a importância do apoio do banco à cultura. “Apraz-nos apoiar autores e artistas moçambicanos que, com a sua arte, enriquecem o panorama cultural do País, dando voz à nossa história e identidade”, afirmou, sublinhando também que a literatura, em particular, tem um papel essencial na construção de uma sociedade mais consciente e reflexiva. A responsável enfatizou ainda o compromisso da instituição com a responsabilidade social, como um pilar fundamental da sua actuação: “O BCI reafirma o seu papel enquanto parceiro de iniciativas que promovem a cidadania e a transformação social”, disse.
A apresentação do livro esteve a cargo do poeta moçambicano Alerto Bia que, na sua análise, descreveu “Lágrimas no Estendal do Tempo” como uma obra de enredo complexo, comparando-a a um “arame farpado”, devido à forma como os episódios se entrelaçam para construir a trama. Bia referiu que este romance exige uma interpretação cuidadosa por parte do leitor, pois Carlos Nhangumele utiliza as pequenas histórias do Moçambique contemporâneo para tecer uma narrativa que desafia a compreensão da realidade.
Natural da província de Inhambane, Carlos Nhangumele, também ensaísta, é graduado em Literatura Moçambicana pela Universidade Eduardo Mondlane, e possui formação em Ensino de Português pela Universidade Pedagógica de Maputo. A sua obra de estreia foi “Vinte (e) Vinte (um)”, uma colectânea de crónicas e contos, publicada há três anos.