Menos oportunidades de promoção, somadas à queda na satisfação geral com o emprego e a remuneração, criam um cenário propício para o aumento do “FOGLO” – Fear of Getting Laid Off, ou, em português, “O medo de enfrentar a demissão”.
Os índices de insegurança no trabalho caíram desde a pandemia. “Muitos profissionais enfrentaram um cenário de incertezas que afectam tanto a percepção de crescimento quanto a satisfação no trabalho”, afirma Patrícia Paniquar, líder de transição de carreira da empresa de consultoria LHH, citada pela revista Forbes Brasil. “O isolamento social, a pressão por produtividade e as rápidas mudanças geraram um aumento no stress e na preocupação com demissões.”
A felicidade no trabalho diminuiu desde 2020, especialmente para os profissionais na área da tecnologia, segundo uma pesquisa da Bamboo HR, plataforma de serviços de recursos humanos presente em mais de 150 países. O levantamento colectou respostas de mais de 57 mil funcionários de 1600 empresas que utilizam o serviço, abrangendo sectores como o da saúde.
Impactos dentro e fora do trabalho
A insegurança dos profissionais quanto à estabilidade no emprego pode ser intensificada tanto por factores externos ao trabalho (situação económica do país), como por internos (alta rotatividade de funcionários na companhia).
O medo da demissão não apenas impacta a rotina laboral, como colabora para a manutenção de um ambiente tóxico. A insegurança dos profissionais também não é positiva para as empresas, já que muitos procuram novas oportunidades antes que a possibilidade de ficar desempregado se concretize.
De acordo com um estudo do banco americano Federal Reserve de Nova York, o percentual de norte-americanos à procura de emprego em Agosto chegou a 28,4%. Além disso, mais profissionais estão dispostos a aceitar um salário inicial menor por um novo emprego do que há seis meses.
Fonte: Forbes Brasil