O Banco Popular da China (banco central) anunciou esta quarta-feira, 20 de Novembro, que vai manter a taxa de juro de referência em 3,1%, após o corte de Outubro, indo ao encontro das expectativas dos analistas.
Na actualização mensal, a instituição indicou que a taxa de juro de referência a um ano (LPR, na sigla em inglês) permanecerá nesse nível pelo menos até daqui a um mês.
Este indicador, estabelecido como referência para as taxas de juro em 2019, é utilizado para fixar o preço dos novos empréstimos – geralmente destinados às empresas – e dos empréstimos a taxa variável que estão a ser reembolsados.
É calculado com base nas contribuições de preços de uma série de bancos – incluindo pequenos credores que tendem a ter custos de financiamento mais elevados e maior exposição a empréstimos não produtivos – e tem como objectivo reduzir os custos dos empréstimos e apoiar a “economia real”.
Em Outubro, o banco central reduziu a LPR a um ano em 25 pontos base para 3,1%.
Esta foi a segunda redução em 2024, com os especialistas a sugerirem que o banco central estava a ser cauteloso face à divergência com outras grandes economias, onde as taxas tinham tido uma tendência de subida para conter a inflação, e à consequente pressão sobre a taxa de câmbio da moeda nacional, o yuan.
Em Outubro, o banco central reduziu a LPR a um ano em 25 pontos base para 3,1%
Em Julho, o banco central tinha anunciado um corte de 10 pontos base para 3,35%.
A instituição indicou também que a LPR a cinco anos ou mais (a referência para os empréstimos hipotecários) se manterá nos 3,6%, depois de ter caído 15 pontos base em Outubro, também em linha com as expectativas dos analistas.
Nas últimas semanas, Pequim anunciou uma série de medidas de estímulo, na sequência de uma descida das taxas de juro nos Estados Unidos, tendo o Presidente chinês, Xi Jinping, apelado a esforços redobrados para atingir o objectivo de crescimento económico de cerca de 5% para este ano.
A baixa procura interna e internacional, os riscos de deflação, os estímulos insuficientes, uma crise imobiliária e a falta de confiança dos consumidores e do sector privado são algumas das causas apontadas pelos analistas para explicar o que está a acontecer na segunda maior economia do mundo.
Fonte: Notícias ao Minuto