O crédito direccionado ao sector real da economia angolana atingiu 1,6 mil milhões de dólares entre Janeiro e Setembro deste ano, representando um aumento de 158,5 milhões de dólares em relação ao mesmo período de 2023. Este crescimento de 14% reflecte uma evolução significativa no financiamento à economia do país, informou o Jornal de Angola.
Os dados foram divulgados pelo governador do Banco Nacional de Angola (BNA), Manuel Tiago Dias, durante a abertura do seminário “Financiamento de Cadeias Produtivas Agrícolas & Segurança Alimentar”, promovido pela Associação Angolana de Bancos (ABANC), em parceria com a Associação de Seguradoras de Angola (ASAN).
No mesmo evento, o governante detalhou que, no período em questão, os créditos específicos para a produção de bens essenciais, como os produtos da cesta básica, somaram 1,3 milhão de dólares. Este montante foi distribuído em 940 operações, o que corresponde a 17% do total da carteira de crédito dos bancos comerciais.
De acordo com Dias, os números demonstram um esforço crescente do Governo para fortalecer a economia, com foco em sectores vitais, como a agricultura. “O apoio financeiro a essas áreas constitui uma estratégia do BNA para estimular a produção nacional e garantir a segurança alimentar no país “, acrescentou.
O governador do BNA também frisou a importância do financiamento à produção de bens essenciais, que não só impulsiona a economia, como também contribui para a estabilidade social e económica de Angola, considerando que esse tipo de crédito tem sido fundamental para o fortalecimento das cadeias produtivas agrícolas.
No entanto, Dias concluiu, alertando para a necessidade de diversificação do crédito e o incentivo a outras áreas que possam gerar maior valor agregado à economia angolana. Para ele, a ampliação do financiamento a sectores estratégicos constitui uma medida crucial para o desenvolvimento sustentável do país.