O Conselho Empresarial ao nível da província de Nampula, região Norte de Moçambique, defendeu a necessidade de se criarem políticas no sector bancário, no sentido de facilitar o acesso ao financiamento.
De acordo com aquela entidade, a medida visa proporcionar uma recuperação rápida e robusta da economia que se encontra estacionária devido à danificação das infra-estruturas de produção e saques efectuados durante as manifestações que têm acontecido no País.
“Perante estes cenários, é importante que os sectores dos seguros e bancário tragam novas abordagens para responder às situações adversas causadas por fenómenos inesperados, como as mudanças climáticas e as manifestações que impactam negativamente na produção”, descreveu Kendo Mangulle, gestor provincial do Conselho Empresarial de Nampula.
Mangulle indicou ainda que os sectores do comércio, turismo, agricultura, transportes e comunicações são os mais afectados pelas manifestações violentas, colocando em causa o investimento e a geração de emprego para os jovens.
“Estamos a falar de milhões e milhões de dólares. Isso é um retrocesso dos esforços que já tínhamos alcançado, mas vamos recuperar rapidamente. Temos um plano de contingência e, ao mesmo tempo, vamos fazer os levantamentos das vandalizações nos transportes públicos. Esperamos que nos próximos tempos possamos apresentar números”, afirmou.
“Vamos manifestar-nos nas fronteiras, nos portos e nas capitais provinciais. Em todas as 11 capitais provinciais vamos paralisar todas as actividades para que percebam que o povo está cansado”, apelou Venâncio Mondlane, numa transmissão em directo na sua conta oficial na rede social Facebook.
Mondlane destacou que a quarta etapa de manifestações terá “várias fases”. “Durante três dias vamos manifestar-nos. Depois faremos uma pausa. Pedimos a concentração da população de todos os distritos. Os protestos devem ser alargados aos portos e às fronteiras do País, e aos corredores de transporte que ligam estas infra-estruturas. Apelamos à adesão dos camionistas”.