O Governo da África do Sul está prestes a receber um empréstimo de 432 milhões de dólares para financiar projectos relacionados com o combate às mudanças climáticas. O desembolso do valor, liderado pelo Banco Estatal de Desenvolvimento da França (AFD), deverá ser formalizado nos próximos dias.
Este empréstimo faz parte de um pacto climático global de 9,3 mil milhões de dólares, assinado em 2021, para apoiar a transição energética da África do Sul. O objectivo é reduzir a dependência do carvão, que actualmente responde por cerca de 80% da electricidade gerada no país. O financiamento será utilizado para impulsionar o uso de fontes renováveis, como a energia solar e eólica.
Segundo o Executivo, os 432 milhões de dólares também serão fundamentais para que a África do Sul atinja as suas metas climáticas estabelecidas no Acordo de Paris. O país comprometeu-se a reduzir as suas emissões de gases de efeito de estufa e a diversificar a sua matriz energética. A mudança para fontes mais limpas de energia é vista como essencial para mitigar os impactos das mudanças climáticas.
O AFD já demonstrou o seu compromisso com a transição ecológica da África do Sul, oferecendo suporte para a implementação de tecnologias que possam reduzir a pegada de carbono do país. A expectativa é que outros financiadores se juntem à iniciativa, ampliando o apoio total.
Além disso, o apoio financeiro internacional é visto como uma forma de solidariedade entre países desenvolvidos e em desenvolvimento. A transição energética da África do Sul é um exemplo de como as economias emergentes podem avançar para uma economia mais sustentável, enfrentando de forma colectiva os desafios climáticos globais.
Enoch Godongwana, ministro das Finanças, reafirmou a importância deste financiamento. “Estamos comprometidos com uma transição justa e sustentável, que ajude a África do Sul a enfrentar os desafios climáticos e a garantir um futuro mais resiliente”, concluiu.
Fonte: Bloomberg