As expectativas eram elevadas, mas as autoridades chinesas voltaram a desiludir os mercados. O pacote de estímulos económicos anunciado na sexta-feira (8), que inclui um aumento do tecto da dívida dos governos locais para 35,52 biliões de yuans, não agradou aos investidores e levou as bolsas chinesas a terminarem a sessão maioritariamente no vermelho.
O Hang Seng, de Hong Kong, perdeu 1,8%, enquanto o Shanghai Composite encerrou com uma queda de 0,1%. Já o CSI 300, “benchmark” para a negociação continental, conseguiu terminar estável, apesar de ter chegado a perder quase 1,4%. A pressão sobre as bolsas chinesas foi ainda intensificada pelos novos dados de inflação do país, que continuam a ficar abaixo das expectativas.
Em Outubro, a taxa de inflação desacelerou para 0,3%, quando em Setembro estava em 0,4%. Este é o número mais baixo em quatro meses, evidenciando que a China continua a enfrentar grandes pressões deflacionistas.
A eleição de Donald Trump como 47.º Presidente dos Estados Unidos da América também afectou o sentimento nos mercados nesta segunda-feira (11). Muitos economistas esperavam um pacote de estímulos mais robusto para enfrentar as tarifas sobre produtos chineses que o novo Presidente pretende impor. Após os resultados eleitorais, a UBS decidiu rever em baixa as suas expectativas de crescimento na China para 2025-26.
No Japão, o Nikkei 225 encerrou em ligeira alta, valorizando 0,08%, enquanto o Topix caiu 0,09%. O banco central do Japão prevê aumentar as taxas de juro para 1% no segundo semestre fiscal de 2025, que começa em Setembro, caso os preços e a economia evoluam conforme o esperado.
Nas restantes praças asiáticas, o sul-coreano Kospi caiu 1,15%, atingindo mínimos de dois meses, enquanto o australiano S&P/ASX 200 cedeu 0,43%. Pela Europa, a negociação de futuros aponta para uma abertura em alta, com o Euro Stoxx 50 a valorizar 0,4% no pré-mercado.