O ministro dos Transportes e Comunicações, Mateus Magala, disse neste domingo, 10 de Novembro, que as manifestações que acontecido nas últimas semanas, associadas ao processo eleitoral, estão a causar prejuízos enormes e a retroceder o País.
Segundo a Rádio Moçambique, o governante falava durante a visita de monitoria à fronteira de Ressano Garcia, no distrito da Moamba, província de Maputo, que esteve com o trânsito condicionado devido à vandalização do posto fronteiriço.
“Estamos a falar de milhões e milhões de dólares. Isso é um retrocesso aos esforços que já tínhamos alcançado, mas vamos recuperar rapidamente. Temos um plano de contingência e, ao mesmo tempo, vamos fazer os levantamentos das vandalizações nos transportes públicos. Esperamos que nos próximos tempos possamos apresentar números”, afirmou.
Na ocasião, Mateus Magala revelou que a segurança foi reposta e exortou os operadores do sector de transportes para que trabalhem normalmente.
O anúncio pela Comissão Nacional de Eleições (CNE) a 24 de Outubro, em que atribuiu a vitória a Daniel Chapo, apoiado pela Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo, partido no poder desde 1975) na eleição a Presidente da República, com 70,67% dos votos, espoletou protestos populares, convocados pelo candidato presidencial Venâncio Mondlane.
Segundo a CNE, Mondlane ficou em segundo lugar, com 20,32%, mas este afirmou não reconhecer os resultados, que ainda têm de ser validados e proclamados pelo Conselho Constitucional.
Após protestos nas ruas que paralisaram o País, o candidato presidencial convocou novamente a população para uma paralisação geral de sete dias, desde 31 de Outubro, com protestos nacionais e uma manifestação concentrada em Maputo convocada para o passado dia 7 de Novembro.