O presidente do Conselho Municipal da Cidade de Maputo (CMM), Rasaque Manhique, afirmou no domingo (10), em Maputo, que as manifestações violentas que nos últimos dias abalaram a cidade vão comprometer a mobilidade urbana, especialmente no que diz respeito aos transportes públicos e à eficiência na recolha de resíduos sólidos, devido aos danos causados às infra-estruturas públicas.
De acordo com a Agência de Informação de Moçambique (AIM), o presidente da CMM falava no âmbito das celebrações do 137.º aniversário da elevação de Maputo à categoria de cidade.
“Dados preliminares apontam que seis viaturas e dois tractores, pertencentes a particulares nos distritos de Ka Maxaquene, Ka Mavota, Ka Lhamanculo, Ka Mpfumu e Ka Mubucuana, foram danificados, sendo o município de Ka Maxaquene o mais afectado pelas manifestações violentas”, indicou o edil, acrescentando haver “registo de vandalização de 15 semáforos em cruzamentos, além da destruição de abrigos de passageiros nas paragens de autocarros”.
Os actos de vandalismo afectaram ainda quatro autocarros da Empresa Municipal de Transportes de Maputo, provocaram a destruição de 52 contentores de resíduos sólidos e bloquearam várias artérias da cidade através da queima de pneus.
“A destruição de infra-estruturas essenciais afecta o dia-a-dia dos nossos cidadãos, prejudicando o desenvolvimento da cidade e representando um retrocesso nos esforços que temos implementado com tanto empenho e dedicação”, sublinhou Manhique.
O presidente da CMM reconheceu ainda que as manifestações reflectem os anseios e desafios enfrentados por muitos jovens diariamente.
“No entanto, apelamos a todos para que expressem as suas preocupações de forma pacífica e construtiva. A destruição de bens e a violência não são solução; pelo contrário, comprometem a segurança, a paz social e dificultam o progresso que almejamos”, referiu Rasaque Manhique.
O município reafirmou o seu compromisso com a reconstrução dos bens danificados e a restauração das infra-estruturas essenciais para o pleno funcionamento da cidade.
“Este trabalho exigirá recursos e tempo, mas estamos determinados a devolver a cidade à dignidade e funcionalidade que ela merece. Para isso, contamos com o envolvimento de todos. Esta reconstrução será feita por todos nós, munícipes da cidade de Maputo”, concluiu.