O encerramento temporário da Fronteira de Ressano Garcia, registado entre os dias 6 e 7 de Novembro, resultou em perdas económicas estimadas em 400 milhões de meticais, de acordo com informações avançadas pelo porta-voz da Autoridade Tributária de Moçambique, Fernando Tinga.
De acordo com o jornal O País, a fronteira, que é uma das principais vias de importação de produtos da África do Sul, foi alvo de vandalismo nas infra-estruturas no contexto das manifestações pós-eleitorais, o que levou ao seu funcionamento parcial, seguido de encerramento.
Fernando Tinga explicou que o fecho da fronteira impactou negativamente a economia do País, particularmente no sector do comércio. “Muitos estabelecimentos comerciais foram obrigados a encerrar, e alguns enfrentaram escassez de produtos, especialmente os que dependem de importações através da Fronteira de Ressano Garcia”, afirmou o porta-voz.
Segundo Tinga, as perdas foram calculadas com base na meta de arrecadação mensal para Novembro, que é de 1,7 mil milhões de meticais. “Dividindo esse valor por dia, chegamos a uma média de 50 milhões de meticais. Com o encerramento durante oito dias, estima-se que as perdas rondem os 400 milhões de meticais”, explicou.
Após os dias de paralisação, a Fronteira de Ressano Garcia foi reaberta este sabádo (9), com o sistema de segurança e operação restabelecidos. Foram adoptadas medidas de segurança adicionais para assegurar a circulação segura de pessoas, veículos e mercadorias ao longo do corredor fronteiriço.
“Essas condições visam garantir que todos os que transitem pelo local o façam sem risco de incidentes de segurança”, sublinhou o porta-voz da Autoridade Tributária.
A Fronteira de Ressano Garcia, agora operacional em pleno, volta a desempenhar o seu papel crucial no comércio entre Moçambique e África do Sul, após o impacto negativo registado na sequência das manifestações.