A circulação de camiões na fronteira de Ressano Garcia, entre Moçambique e a África do Sul, foi retomada este sábado (9), após uma paralisação temporária causada por actos de sabotagem que afectaram equipamentos das alfândegas e do serviço de migração. A medida visa assegurar o fluxo de mercadorias essenciais para o País, como alimentos e medicamentos, cujas interrupções têm vindo a impactar a economia e o abastecimento da capital, Maputo.
De acordo com o vice-ministro dos Transportes e Comunicações, Amilton Alissone, que visitou na sexta-feira (8) o posto fronteiriço, foi implementado um esquema de segurança reforçado ao longo do corredor de Maputo, incluindo a mobilização de forças especiais para proteger o transporte de carga.
“A prioridade é assegurar que o fluxo de mercadorias ocorra de forma segura e estável”, afirmou Alissone, sublinhando que os esforços para estabilizar o trânsito de camiões são essenciais para evitar novos episódios de violência e sabotagem.
A paralisação, ocorrida na sequência das recentes manifestações, resultou em vandalismo e saques, especialmente no Km 4 do corredor de Maputo, afectando não só o abastecimento interno, mas também a circulação de produtos em trânsito para outros países da região.
O vice-ministro explicou que a situação gerou uma subida dos preços em Maputo e contribuiu para a escassez de vários produtos de primeira necessidade, além de ter prejudicado a confiança dos transportadores e exportadores.
Com a retoma da circulação de camiões, as autoridades esperam uma recuperação gradual do fornecimento de bens e uma estabilização dos preços.
No entanto, alertam para os desafios que ainda subsistem, uma vez que o clima de insegurança pode levar alguns exportadores a preferirem os portos sul-africanos em detrimento do Porto de Maputo, impactando negativamente a economia moçambicana.
Para além das medidas de segurança já adoptadas, Amilton Alissone referiu que o Governo está a avaliar estratégias adicionais para restaurar plenamente a confiança dos agentes económicos no corredor de Maputo, reconhecendo a importância deste eixo para a economia nacional e regional.