As bolsas asiáticas encerraram a derradeira sessão da semana em território misto, com os investidores focados em possíveis medidas de estímulo económico que podem sair da reunião do Comité Permanente da Assembleia Popular Nacional, que termina esta sexta-feira (8).
Os movimentos acontecem um dia depois de a Reserva Federal (Fed) norte-americana ter cortado as taxas de juro em 25 pontos base – uma decisão já incorporada no mercado – e o seu presidente ter deixado um aviso ao novo inquilino da Casa Branca: Jerome Powell não se demite, mesmo se Donald Trump pedir.
Pela China, a negociação foi volátil, mas os principais índices acabaram mesmo por encerrar no vermelho. O Hang Seng, de Hong Kong, caiu 0,6%, enquanto o Shanghai Composite deslizou 0,4%.
Com o republicano Donald Trump a ocupar a Casa Branca a partir de Janeiro de 2025, os investidores estão a ponderar se as medidas que poderão sair da reunião do Comité Permanente serão suficientes para combater as tarifas que o novo Presidente pretende implementar contra os produtos chineses. “Existe tanta incerteza a vir dos EUA neste momento”, afirmou Michelle Lam, economista da Société Générale, à Bloomberg. “Poderemos assistir a um aumento mais pequeno das tarifas, de cerca de 15% a 20%, o que é mais razoável [do que os 60% propostos por Trump]”, conclui.
Pelo Japão, a sessão foi ligeiramente mais optimista, com o Nikkei 225 a crescer 0,3%. No entanto, o Topix não conseguiu escapar às perdas e terminou a perder residualmente, apesar de novos dados económicos apontarem para uma queda no consumo menos acentuada do que o esperado.
As bolsas japonesas foram pressionadas pela queda das acções da Nissan, que chegaram a afundar 10% em Tóquio, atingindo mínimos de mais de quatro anos. A fabricante de automóveis anunciou que vai despedir nove mil trabalhadores e cortar um quinto da sua capacidade de produção, depois de os lucros do primeiro semestre fiscal da empresa terem caído a pique.
Já na Europa, a negociação de futuros aponta para uma abertura em alta, com o Euro Stoxx 50 a valorizar 0,2% no pre-market.