Com o dólar em movimento de correcção, os preços do ouro voltaram a crescer esta madrugada, depois de terem atingido mínimos de mais de três semanas no rescaldo da eleição de Trump como Presidente dos Estados Unidos da América (EUA).
O metal amarelo chegou a avançar 0,3% na manhã desta quinta-feira (7), para 2665,86 dólares por onça, entretanto reduziu os ganhos e encontra-se, agora, inalterado em relação ao fecho da sessão de quarta-feira.
O ouro continua à procura de novos catalisadores, agora que a incerteza política nos EUA chegou ao fim, com Trump garantindo mais de 270 votos no Colégio Eleitoral necessários para ser eleito Presidente. Com o republicano no poder, espera-se que o processo de redução das taxas de juros pela Reserva Federal (Fed) dos EUA seja turbulento, o que pode representar más notícias para o ouro no curto prazo.
No entanto, o previsível aumento do défice orçamental dos EUA e uma redução da carga fiscal podem vir a dar ímpeto ao metal precioso, que serve de cobertura para os investidores em tempos de incerteza económica, como explica à Reuters Kelvin Wong, analista da OANDA.
A travar um maior crescimento dos preços do ouro está ainda a decisão do banco central chinês em suspender a compra deste metal precioso pelo sexto mês consecutivo, de acordo com dados oficiais lançados esta quinta-feira.