Depois de o S&P 500 ter respondido à eleição de Donald Trump como o 47.º Presidente dos Estados Unidos da América (EUA) com máximos históricos e o melhor dia pós-eleitoral da história, também as bolsas asiáticas encerraram em território positivo.
As acções chinesas foram o grande destaque da sessão com os investidores optimistas na ideia de que Pequim vai continuar a dar apoio à economia através de uma série de estímulos, numa altura em que os mais recentes dados económicos retiram algumas preocupações de cima da mesa – as exportações da China em Outubro registaram o maior aumento em dois anos.
Em Hong Kong, o Hang Seng até arrancou a sessão no vermelho, pressionado pela chegada de Trump ao poder, mas a perspectiva de novos estímulos rapidamente levou um dos principais índices chineses a reverter as perdas e terminar a valorizar 1,5%. Já o Shanghai Composite acelerou 2,3%, numa sessão que também foi extremamente positiva para o CSI 300 – o “benchmark” da negociação da China continental.
“As esperanças estão a aumentar em relação à China e a um possível pacote fiscal substancial nos próximos dias, dando uma injecção de adrenalina à sua economia enfraquecida”, explicou Frederic Neumann, economista-chefe para a Ásia da HSBC Holdings Plc, à Bloomberg.
Pelo Japão, o Nikkei 225 foi o único principal índice asiático a encerrar no vermelho, perdendo 0,43% do seu valor, enquanto o Topix cresceu 0,95%. As acções nipónicas valorizaram de forma expressiva esta quarta-feira (7), em reacção à chegada de Trump à Casa Branca.
As atenções de hoje vão estar viradas para a reunião da Reserva Federal (Fed) norte-americana, onde se espera que o banco central corte as taxas de juro em 25 pontos. Os investidores vão focar-se no discurso do presidente da autoridade monetária, à espera de sinais sobre o rumo da política monetária sob uma Presidência Trump.
Pela Europa, a negociação de futuros aponta para uma abertura em alta, com o EuroStoxx 50 a avançar 0,4%.