No segundo trimestre de 2024, a dívida externa de Angola diminuiu 275 milhões de dólares, com a China e o Reino Unido a manterem-se como os principais credores, representando, juntos, 61,3% do total da dívida.
Dados do Banco Nacional de Angola (BNA) apontam que o stock da dívida externa total caiu para 55 mil milhões de dólares, comparado com 55,2 mil milhões de dólares do trimestre anterior, enquanto a dívida externa pública passou de 48,8 mil milhões para 47,9 mil milhões de dólares.
De acordo com o BNA, a China e o Reino Unido continuam a ser os principais parceiros financeiros de Angola, reflectindo a importância das relações comerciais e de crédito com ambos os países. As organizações internacionais ocupam a terceira posição, com uma participação de 10,9% na dívida externa do país.
Além da redução da dívida, o BNA também destacou a melhoria na posição líquida do investimento internacional, com uma redução do saldo deficitário de 1,9 mil milhões de dólares, devido à diminuição dos passivos financeiros em 1,1% e ao aumento dos activos em 2,4%. Isto reflecte uma maior capacidade de Angola em atrair investimentos estrangeiros.
O banco também informou que as reservas internacionais do país aumentaram de 14,3 mil milhões para 14,5 mil milhões de dólares, o que equivale a 8,3 meses de importações de bens e serviços. Quanto ao investimento directo de Angola no exterior, o stock subiu 6,3 milhões com a maior parte direccionada para Portugal (42,6%), seguido pelas Ilhas Maurícias (12,4%) e Ilhas de Man (5,6%).
Por fim, os fluxos de investimento directo líquido registaram um saldo positivo de 491,2 milhões de dólares, contrastando com o déficit de 33,4 milhões de dólares no primeiro trimestre. Esse desempenho foi impulsionado pela superioridade dos fluxos de entrada sobre os investimentos no sector petrolífero.
A balança de pagamentos de Angola também apresentou uma expansão nas transações dos activos de reserva, com um aumento de 44,7 milhões de dólares. No entanto, a economia angolana continua a enfrentar desafios relacionados com a alta dependência da China e do Reino Unido como credores e aos elevados passivos financeiros.
Fonte: Jornal de Angola