Com Donald Trump a declarar-se vencedor das eleições norte-americanas, os mercados continuam a reagir a um possível regresso do republicano à Casa Branca. As bolsas asiáticas encerraram a sessão desta quarta-feira, 6 de Novembro, sem uma direcção definida, com o Japão a tomar a dianteira da negociação.
O Nikkei 225 e o Topix registaram ambos valorizações expressivas, com o primeiro a avançar 2,61% e o segundo a subir 1,94%. O sector bancário foi um dos principais impulsionadores das acções japonesas, ao crescer perto dos 6%, à boleia de uma perspectiva de taxas de juro mais elevadas no país e com os investidores à espera de políticas de desregulamentação.
As empresas do sector da defesa também estão a receber ímpeto de uma provável vitória de Trump, com os mercados à espera de que o candidato republicano pressione o Japão a gastar mais na sua própria defesa.
Já na China, os principais índices encontram-se pintados de vermelho. Em Xangai, a negociação apresentou grande volatilidade esta quarta-feira, com o Shanghai Composite a encerrar em ligeira baixa. As perdas foram mais expressivas no resto do país e o Hang Seng, de Hong Kong, terminou mesmo a afundar mais de 2%.
Isto acontece numa altura em que os investidores esperam um intensificar da guerra comercial entre os Estados Unidos da América e a China, com Trump a prometer implementar e agravar uma série de taxas e medidas proteccionistas contra a nação asiática. A Assembleia Popular Nacional do país continua reunida até sexta-feira, com os investidores atentos a informações sobre possíveis estímulos adicionais e políticas desenhadas para trazer mais estabilidade à economia chinesa.
Pelo resto da Ásia, o sul-coreano Kospi também encerrou no vermelho, com quedas moderadas, enquanto na Austrália o S&P/ASX 200 avançou 0,83%.