Moçambique está a consolidar-se como um fornecedor essencial de matérias-primas estratégicas para a transição energética europeia, revela um estudo financiado pela União Europeia.
O relatório, publicado como parte do programa Horizon Europe e noticiado pelo portal O Económico, aponta o potencial do País em minerais críticos como grafite natural, terras raras, cobre e titânio, essenciais para a produção de baterias, turbinas eólicas e veículos eléctricos.
O estudo sublinha que Moçambique, com depósitos de minerais de alto valor, especialmente na bacia do Rovuma, oferece uma combinação de recursos naturais abundantes e políticas de incentivo ao investimento, tornando-se um destino atractivo para investidores estrangeiros.
Estes recursos posicionam o País como uma peça-chave na criação de uma cadeia de suprimentos mais resiliente e sustentável, crucial para os objectivos de descarbonização da União Europeia.
Apesar deste potencial, o relatório assinala alguns desafios, incluindo infra-estruturas limitadas e a necessidade de capacitar a mão-de-obra local. Em resposta, o Governo moçambicano tem implementado iniciativas para ultrapassar estas barreiras, como a modernização logística e incentivos fiscais destinados a atrair projectos sustentáveis.
Além do fornecimento de matérias-primas, a parceria entre Moçambique e a União Europeia inclui possibilidades de inovação conjunta e desenvolvimento industrial local.
O estudo sugere que a criação de infra-estruturas de processamento no País poderia não apenas aumentar o valor das exportações, mas também gerar empregos e fortalecer a economia moçambicana.
A parceria com a União Europeia oferece assim a Moçambique uma oportunidade para impulsionar a sua economia através do aproveitamento dos recursos naturais de forma sustentável e alinhada com as metas globais de transição energética.