Os preços do petróleo estão a negociar em alta, depois de terem disparado nesta segunda-feira (4), com o anúncio de que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (OPEP+) iria adiar uma retoma de produção gradual até Janeiro. Os investidores recalibraram o seu foco esta terça-feira para as eleições norte-americanas, e o resultado, seja ele qual for, promete levar a uma reformulação das políticas comerciais, externas, de segurança e, até mesmo, climáticas do país, o que pode ter repercussões a longo prazo nesta matéria-prima.
O West Texas Intermediate (WTI) – de referência para os Estados Unidos da América – soma 0,25% para 71,65 dólares por barril. Já o Brent – de referência para o continente europeu – avança 0,21% para os 75,24 dólares por barril.
Desde o final de Junho, os preços do petróleo já perderam 13% do seu valor, pressionados por uma queda da procura na China e um aumento das reservas norte-americanas. Nem o aumento das tensões no Médio Oriente parece estar a conseguir tirar o crude desta trajectória negativa, o que levou a OPEP+ a adiar a retoma gradual de produção desta matéria-prima.
“Isto sugere que o grupo está mais disposto a apoiar o mercado do que muitos estavam à espera”, afirmou Warren Paterson, responsável pelas matérias-primas do ING Group NV, à Bloomberg. “As tensões no Médio Oriente e as tempestades no Golfo do México representam catalisadores para o petróleo, enquanto esta matéria-prima é ainda vulnerável a qualquer movimento mais amplo do mercado relacionado com as eleições”, concluiu.