As bolsas asiáticas encerraram a sessão desta terça-feira, 5 de Novembro, à procura de direcção, menos de 24 horas antes de se começarem a contar os votos para as eleições mais antecipadas do ano. Os investidores aguardam ainda com expectativa pela reunião da Reserva Federal (Fed) norte-americana do fim-de-semana, de onde deve sair um corte nas taxas directoras de 25 pontos base e pistas para o futuro da política monetária – com o nome do novo inquilino da Casa Branca já em cima da mesa.
A China dominou as atenções da negociação asiática, com o Hang Seng, de Hong Kong, a crescer 1,87%, e o Shanghai Composite a avançar 2,32%. A sessão até começou com os investidores cautelosos, mas rapidamente as acções alcançaram terreno positivo, depois de novos dados económicos terem mostrado que a actividade no sector dos serviços cresceu ao ritmo mais elevado desde Julho deste ano.
A negociação foi ainda impulsionada por comentários do primeiro-ministro de que o país tem uma grande margem de manobra no que diz respeito à introdução de novas medidas de estímulo económico, o que levou o CSI 300, o “benchmark” chinês para a negociação continental, a disparar 2,53%.
Pelo Japão, as bolsas asiáticas arrancaram a semana com optimismo, depois de terem estado encerradas esta segunda-feira devido a feriado. O Nikkei 225 avançou 1,11%, enquanto o Topix registou um acréscimo de 0,76%.
Já a Austrália e a Coreia do Sul encerraram no vermelho. O sul-coreano Kospi perdeu 0,47%, mesmo depois de a inflação no país ter acelerado a um nível mais lento do que os analistas antecipavam. Por sua vez, o australiano S&P/ASX 200 deslizou 0,4%, com os investidores a reagirem à decisão de o banco central manter as taxas de juro inalteradas.
Em contraciclo, a negociação de futuros na Europa aponta para uma abertura em alta, com o Euro Stoxx 50 a crescer 0,1% no pre-market.