A Mozambique Leaf Tobacco (MLT), empresa subsidiária da Universal Leaf Tobacco, pretende aumentar a produção de tabaco na província de Manica, no centro do País, de quatro mil toneladas na época passada para sete mil toneladas na campanha agrícola de 2024-25, segundo informou o jornal notícias.
De acordo com a informação, a decisão é impulsionada pelo aumento da procura desta cultura de rendimento, conforme explica o director provincial da Agricultura e Pescas de Manica, Ernesto Lopes.
“A iniciativa é da responsabilidade da concessionária Mozambique Leaf Tobacco, que na última campanha permitiu que a produção atingisse quatro mil toneladas de tabaco. Nesta época, queremos aumentar a produção em três mil toneladas e esperamos alcançar as sete mil toneladas”, afirmou.
O responsável destacou que os produtores estão a ser incentivados a cultivar tabaco e milho, com o intuito de “assegurar a segurança alimentar da população”, explicando ainda que o plano inclui a massificação da produção de girassol, em resposta ao aumento da procura por parte de parceiros internacionais.
“Para a colheita que está prestes a começar, temos um plano de produção de cerca de duas mil toneladas. Com a reintrodução destas culturas, esperamos conquistar novos mercados e contribuir para dinamizar a economia da província”, disse.
Lopes acrescentou que “estas duas culturas de rendimento podem contribuir significativamente para o aumento do rendimento familiar dos produtores e ajudar a alcançar os níveis de produção previstos”. A produção está a ser inicialmente implementada nos distritos de Báruè, Guro e Mossurize.
Para a campanha agrícola 2024-25, a província de Manica prevê produzir cerca de 3,7 milhões de toneladas de diferentes culturas. Para atingir este objectivo, foi preparada uma área estimada de 1,55 milhões de hectares.
Dados da Direcção Provincial da Agricultura e Pescas indicam que, se atingida, esta meta representará um aumento de 1,5% em relação à última campanha, que registou uma produção de 3,5 milhões de toneladas, de um plano inicial de 4,4 milhões de toneladas.
Entretanto, Lopes avançou que, em algumas regiões da província, os produtores já iniciaram a preparação dos terrenos com o apoio de técnicos agrícolas. Os pequenos agricultores estão a ser sensibilizados para o uso de sementes certificadas e de ciclo curto, como medida de adaptação às alterações climáticas.
“É fundamental optar por sementes certificadas de ciclo curto e tolerantes à seca, tendo em conta os efeitos do El Niño”, declarou, acrescentando que “este ano as chuvas deverão ser normais e acima do esperado, pelo que os produtores estão a ser orientados a aproveitar as chuvas antecipadas”, concluiu.