De acordo com o recente relatório do Índice Global de Segurança Cibernética (Global Cybersecurity Index – GCI) a nível dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP), Moçambique ocupa a primeira posição no que diz respeito à protecção das suas redes e dados.
O relatório, divulgado recentemente, visa a promoção de boas práticas, desenvolvimento de legislações robustas, fortalecimento de equipas de resposta a incidentes e a capacitação de talentos.
Com dados colectados entre 2023 e 2024, de 194 países, a pesquisa analisa 83 questões distribuídas em 20 indicadores, organizados em cinco pilares fundamentais: legal, técnico, organizacional, desenvolvimento de capacidades e cooperação.
Os dados revelam que Moçambique alcançou um crescimento em relação ao relatório de 2020, que resulta de melhorias significativas na sua estrutura de segurança cibernética, associadas à aprovação de legislação fundamental, ao estabelecimento de planos nacionais mais claros, à formação de pessoas em toda a sociedade e ao trabalho conjunto com organizações nacionais e parceiros internacionais.
Segundo o portal Kabum Digital, muitos países têm feito cada vez mais esforços de segurança cibernética para as populações vulneráveis e sub-representadas.
Apesar da pontuação de Moçambique, o relatório frisa a necessidade de melhorar o pilar de desenvolvimento de capacidades, com o intuito de aumentar a sensibilização da sociedade em matérias de segurança cibernética, como parte do desenvolvimento da capacidade nacional nesta área.
Além disso, o País irá contar com o apoio do continente europeu no combate a cibercrimes e impulsionamento da Inteligência Artificial, com a adesão à Convenção Europeia sobre Crimes Cibernéticos.
É um tratado internacional que aborda questões relacionadas com o cibercrime e a segurança cibernética, tendo sido adoptado pelo Conselho da Europa em 2001, entrando em vigor em 2004.