O Instituto Nacional de Gestão e Redução de Riscos de Desastres (INGD) precisa de cerca de 39,7 milhões de meticais para responder a catástrofes naturais, como tempestades e depressões tropicais, na província de Inhambane, sul de Moçambique. Tall como noticiado pelo jornal notícias, este montante faz parte do plano de contingência aprovado pelo Comité Operacional de Emergência (COE) na passada sexta-feira (25).
O secretário de Estado na província de Inhambane, Amosse Macamo, e o governador provincial, Eduardo Mussanhane, enfatizaram que o plano de contingência deve funcionar não apenas como um instrumento de avaliação de necessidades, mas também como uma abordagem para assegurar a sustentabilidade das intervenções realizadas nas últimas épocas de calamidades.
Eduardo Mussanhane sublinhou que o número de pessoas a serem afectadas em cada um dos três cenários previstos não deve igualar ou superar o dos anos anteriores. “As intervenções feitas no sector rodoviário reduzem significativamente o impacto das intempéries na circulação de pessoas e bens.
A estrada Mapinhane-Mabote beneficiou de grandes obras de engenharia que vão melhorar a circulação durante a época das chuvas, porque já existem melhorias nesta via”, destacou o governador.
Por seu turno, Amosse Macamo apelou para que a experiência acumulada da província no enfrentamento de catástrofes naturais seja usada para a elaboração de um plano de contingência eficaz, ressaltando que a vulnerabilidade tem vindo a diminuir anualmente em Inhambane.
Os dados do plano de contingência para 2024-25, divulgados na sexta-feira, contemplam três cenários de risco. O primeiro estima que 148 mil pessoas poderão ser afectadas por ventos fortes, secas e inundações. No segundo cenário, que inclui cheias e ciclones, o número sobe para 200 mil pessoas. O terceiro cenário, que combina o segundo com a possibilidade de sismos, poderá afectar até 201 mil pessoas.
A análise técnica considera o segundo cenário o mais provável, embora o extremo não seja descartado, dada a vulnerabilidade da região a secas, ciclones e inundações.
De acordo com o delegado provincial do INGD, Gilberto Miguel, o plano foi elaborado com base em previsões climáticas e na análise da época chuvosa anterior, incluindo factores de vulnerabilidade e capacidade de resposta da província.
O relatório assinala ainda que o fenómeno La Niña poderá influenciar as principais bacias hidrográficas durante a temporada 2024-25, o que aumenta o risco de eventos climáticos adversos.