A Parceria para a Transição Energética Justa (JETP) da África do Sul está a dar passos significativos no sentido de obter garantias de empréstimo de aliados internacionais para possibilitar um fundo de 9,3 mil milhões de dólares para a transição do carvão para as energias renováveis.
A parceria, apoiada por nações importantes como os Estados Unidos da América, o Reino Unido, a União Europeia e a Alemanha, é essencial para catalisar a mudança da África do Sul para fontes de energia mais ecológicas. No entanto, a ausência de um financiamento garantido tem impedido fluxos financeiros significativos, essenciais para fazer avançar os planos de energia verde do país.
Com a empresa estatal Eskom a estimar a necessidade de 21 mil milhões de dólares para apoiar as infra-estruturas de energias renováveis, incluindo cerca de 9 mil milhas de novas linhas de transmissão, a iniciativa do JETP aborda o compromisso financeiro substancial necessário.
Entretanto, Joanne Yawitch, que lidera a unidade de projectos do JETP na presidência sul-africana, referiu que estão em curso discussões com parceiros internacionais sobre garantias de empréstimo, na esperança de que este financiamento se concretize em breve.
Numa evolução positiva, o Banco Africano de Desenvolvimento, juntamente com o Foreign Commonwealth and Development Office do Reino Unido, aprovou em Dezembro um programa de garantia de mil milhões de dólares. Este financiamento apoia áreas críticas como a transmissão de energia, a produção de energias renováveis e as infra-estruturas de hidrogénio verde, todas elas vitais para reforçar a capacidade energética e a resiliência da África do Sul.
À medida que a África do Sul acelera a sua transição energética, garantir capacidades adequadas de transporte e armazenamento continua a ser uma prioridade máxima. Com o apoio financeiro do JETP e as garantias de empréstimos internacionais, o país da Africa Austral pretende reduzir a sua pegada de carbono, expandir a capacidade de produção de energia renovável e estabelecer-se como líder na transição para a energia verde em todo o continente africano.
Fonte: Further Africa