O Governo destacou a redução significativa da caça furtiva de elefantes na Reserva Especial de Niassa, coincidindo com as comemorações dos 70 anos da sua criação. A reserva, que foi estabelecida a 9 de Outubro de 1954, abrange uma área que engloba oito distritos, seis deles na província de Niassa e dois na província de Cabo Delgado.
De acordo com o jornal notícias, a caça furtiva na região já foi um problema sério, reduzindo drasticamente a população de elefantes, que caiu de aproximadamente 12 mil indivíduos para pouco mais de 3 mil em 2016. No entanto, nos últimos anos, as autoridades têm registado uma melhoria notável na protecção da fauna.
Em 2021, o Governo assinou um acordo de co-gestão com a organização norte-americana Wildlife Conservation Society (WCS), com o objectivo de fortalecer as acções de preservação na reserva.
Este acordo resultou no reforço da fiscalização no terreno, bem como no fornecimento de meios operacionais para os fiscais, o que já está a produzir resultados positivos, segundo Filipe Nyusi.
O Presidente da República sublinhou ainda que, além da fiscalização reforçada, o uso de tecnologias de monitorização, como a colocação de colares-satélite em animais, tem sido uma estratégia eficaz para acompanhar os movimentos da fauna e prevenir conflitos entre animais e humanos.
Num gesto simbólico, durante as comemorações, Nyusi colocou pessoalmente um colar-satélite num leopardo, reforçando o compromisso do Governo com a conservação da biodiversidade.
Por sua vez, a ministra da Terra e Ambiente, Ivete Maibaze, recordou que a caça furtiva tem sido uma das maiores ameaças às áreas de conservação em Moçambique, mas realçou os avanços alcançados nos últimos anos, que permitem hoje uma maior protecção dos elefantes e de outras espécies ameaçadas na Reserva de Niassa.