O ouro continua a negociar em alta e está cada vez mais próximo de máximos históricos, numa altura em que os investidores aguardam por novos dados económicos nos Estados Unidos da América (EUA) para perceber que caminho a Reserva Federal (Fed) do país vai adoptar no curto prazo.
O metal dourado avança, a esta hora, 0,48% para 2675,38 dólares por onça, com as incertezas geopolíticas no Médio Oriente ainda a centrar atenções. Esta madrugada, Israel voltou a atacar o sul de Beirute, apesar de as autoridades libanesas terem afirmado que receberam garantias dos EUA que o Governo de Netanyahu ia abrandar a sua ofensiva.
Esta semana, vão ser conhecidos os dados relativos às vendas a retalho, produção industrial e os habituais pedidos de subsídio de desemprego na maior economia do mundo. Os investidores já incorporaram um corte de 25 pontos base nas taxas de juro em Novembro por parte da Fed, numa altura em que vários membros do banco central pedem calma no processo de alívio da política monetária.
O governador da Fed de Atalanta, Rafael Bostic, afirmou esta terça-feira (15) que previa apenas mais um corte de 25 pontos base até ao final do ano, uma narrativa que destoa das previsões do mercado, que esperam mais duas reduções em 2024.
Apesar de se prever que o ciclo de alívio da política monetária não avance à velocidade desejada pelos investidores, delegados da London Bullion Market Association continuam a prever um caminho risonho para o ouro. Espera-se que o metal amarelo avance 10% no próximo ano e que atinja os 2917,40 dólares por onça em finais de Outubro de 2025.