Os preços do petróleo, nesta segunda-feira (14), anularam quase todos os ganhos obtidos na semana passada, depois de dados mostrarem que a taxa de inflação da China diminuiu assim como uma falta de clareza sobre os planos de estímulo económico do país, alimentando receios sobre a procura de combustível no maior importador mundial de crude.
Os futuros do petróleo Brent caíram um dólar para 78,04 dólares por barril, enquanto os futuros do petróleo americano West Texas Intermediate (WTI) também terem caído um dólar, ou 1,3%, para 74,56 dólar por barril.
Ambos os índices de referência perderam todos os seus ganhos da semana passada, com uma queda de mais de 1,5% por barril no início desta segunda-feira, antes de recuperarem algum terreno. O Brent ganhou 99 cêntimos na semana passada, enquanto o WTI subiu 1,18 dólares.
As pressões deflacionistas da China agravaram-se em Setembro, de acordo com dados oficiais divulgados no sábado (12), e uma conferência de imprensa no mesmo dia deixou os investidores na dúvida sobre a dimensão global de um pacote de estímulos para relançar a segunda maior economia do mundo.
As notícias negativas da China ultrapassaram as preocupações do mercado quanto à possibilidade de uma resposta israelita ao ataque com mísseis do Irão (a 1 de Outubro) poder perturbar a produção de petróleo, embora os Estados Unidos da América tenham advertido Israel contra o ataque às infra-estruturas energéticas iranianas.
“A leitura do índice de preços no consumidor da China indica uma tendência deflacionária sustentada e um consumo interno mais fraco, apesar do anúncio do estímulo monetário mais agressivo pelas autoridades em Setembro”, disse Priyanka Sachdeva, analista da Phillip Nova, numa nota.
O índice de preços no consumidor não correspondeu às expectativas e o índice de preços no produtor caiu ao ritmo mais rápido dos últimos seis meses, com uma descida de 2,8% em termos anuais, segundo o Gabinete Nacional de Estatísticas da China.
O analista de mercado do IG, Tony Sycamore, considerou o briefing do Ministério das Finanças chinês no sábado “um fracasso”. “As medidas fiscais necessárias para eliminar os riscos de queda para o crescimento e inflamar os espíritos animais dentro dos consumidores chineses são conspícuas ns sua ausência”.
Fonte: Reuters