O petróleo prepara-se para encerrar a semana com um saldo positivo, embora esteja a negociar em baixa, com as tensões no Médio Oriente a continuarem a definir o sentimento das negociações.
O West Texas Intermediate (WTI) – de referência para os EUA – perde 0,96% para os 75,12 dólares por barril. Já o Brent – de referência para o continente europeu – segue a desvalorizar 1,03% para os 78,58 dólares por barril.
Esta quinta-feira, 10 de Outubro, o gabinete de segurança do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, reuniu-se para discutir como e quando o país irá retaliar o ataque iraniano da semana passada. O ministro da Defesa do país, Yoav Gallant, afirmou que o ataque iria ser “mortífero, preciso e, acima de tudo, surpreendente”, o que tem deixado a comunidade internacional apreensiva.
Receia-se que Israel possa proceder com um ataque às instalações energéticas do Irão, o que iria causar disrupções na produção de petróleo no Médio Oriente – que produz cerca de um terço do crude mundial – e fazer disparar os preços da matéria-prima.
Depois de o Presidente dos EUA, Joe Biden, ter pedido um refrear das tensões e uma resposta moderada de Israel ao ataque iraniano, de forma que se evite o alastramento da guerra a toda a região, esta quinta-feira foi a vez dos Estados do Golfo – Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Qatar – pressionarem Washington para que Israel não ataque as instalações petrolíferas iranianas.
“As tensões geopolíticas no Médio Oriente continuam a deixar os mercados incertos em relação à quantidade de ‘choques’ de oferta vão realmente existir”, explica Jun Rong Yeap, analista da IG Asia, à Bloomberg.