O chefe da Missão de Observação Eleitoral da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (MOE-CPLP), João Gomes Cravinho, explicou que a campanha eleitoral em Moçambique, rumo as sétimas eleições gerais, decorreu num ambiente “pacífico e exemplar”, em comparação com os períodos anteriores.
“Todos dão uma indicação positiva sobre a campanha até agora. Em termos do civismo, a nossa experiência de acompanhamento de acções de campanha eleitoral também foi muito positiva”, reconheceu.
O responsável declarou que os demais observadores foram unânimes ao afirmar que o processo foi marcado por momentos positivos, onde todos os candidatos fizeram o seu trabalho sem qualquer tipo de impedimento.
“Houve um e outro incidente, mas isso também acontece nos países desenvolvidos. Os acontecimentos mostram que as eleições são vistas com normalidade e com espírito de democracia”, frisou.
A MOE-CPLP conta 19 observadores, distribuídos entre as províncias de Maputo, Gaza, Sofala, Zambézia e Nampula. Além de Moçambique, são Estados-membros da CPLP Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.
O processo de votação em Moçambique, vai decorrer na quarta-feira, 9 de Outubro. Segundo dados avançados pela Comissão Nacional de Eleições (CNE), mais de 17 milhões de eleitores estão inscritos para votar, incluindo 333,8 mil recenseados no estrangeiro.
Concorrem à Presidência da República, Daniel Chapo, apoiado pela Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), Ossufo Momade, apoiado pela Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), Lutero Simango, pelo Movimento Democrático de Moçambique (MDM), e Venâncio Mondlane, ex-membro e ex-deputado da Renamo, apoiado pelo Partido Optimista para o Desenvolvimento de Moçambique (Podemos), movimento sem representação parlamentar.