Angola vai atribuir 15 novas concessões de exploração de petróleo até final deste ano, anunciou esta quarta-feira, 2 de Outubro, o director de Negociações da Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANPG), Hélder Lombo, na conferência Angola Oil & Gas.
“Temos seis grandes empresas energéticas activas em Angola e, actualmente, todas elas estão a expandir os seus portefólios, o que demonstra claramente que as políticas que o país tem executado são eficazes”, afirmou Lombo durante a sua intervenção na conferência que decorre esta semana em Luanda.
Com estas licenças que serão atribuídas, o número total de blocos atribuído em Angola sobe para 47 desde que o processo de atribuição de licenças foi iniciado, em 2019, de acordo com a organização da conferência.
Segundo um comunicado enviado à Lusa, Angola assegurou 53 propostas de várias empresas durante o concurso de 2023, que terminou já em Janeiro deste ano, e será lançada uma nova ronda de licitações no primeiro trimestre do próximo.
“Até à data, foram atribuídas 32 concessões desde 2019 e espera-se que mais de 50 blocos sejam licenciados até ao final da ronda de licenciamento de seis anos do país, no próximo ano”, refere o texto, salientando que está previsto ‘um pipeline de investimento de mais de 60 mil milhões de dólares para o mercado upstream (extracção de petróleo) nos próximos cinco anos, a partir de orçamentos de projectos já aprovados’.
Angola pretende manter a produção acima de um milhão de barris por dia através da sua próxima ronda de licitações, do programa de oferta permanente e da iniciativa de produção incremental, que deverá ser publicada em breve.
Esta iniciativa “oferece condições fiscais melhoradas para o petróleo produzido acima dos níveis de produção base do activo existente, o que dá às empresas os meios para recuperar custos e investir e produzir mais”, lê-se na nota.