O Reino Unido, em parceria com a PricewaterhouseCoopers (PwC), uma das maiores multinacionais de consultoria e auditoria, lançou um conjunto de ferramentas digitais com o objectivo de facilitar o acesso dos empreendedores aos mercados do Quénia, da Nigéria e da África do Sul.
Desenvolvido através do UK-Kenya Tech Hub, o kit surge na sequência de um estudo que identificou os requisitos práticos necessários para as startups entrarem nestes três mercados, centrando-se nos sectores da agricultura, educação, serviços financeiros, saúde e indústria transformadora.
O conjunto de ferramentas oferece guias práticos, ferramentas e recursos para apoiar os empreendedores a ultrapassar as barreiras regulamentares e de mercado em cada um destes países. Foi validado através de sessões de feedback e oferece um modelo para futura expansão para outros mercados africanos. A iniciativa também aborda questões de inclusão social, como a igualdade de género, em diferentes sectores.
“Este exercício foi fundamental para compreender os requisitos exigidos aos empreendedores para entrarem nos diferentes mercados da região. Estamos confiantes de que este conjunto de ferramentas digitais será um instrumento para o crescimento do ecossistema empresarial de África. Trata-se de um guia de fácil utilização que consolida todos os requisitos necessários para entrar naqueles três mercados, facilitando, por isso, o processo”, afirmou chefe do East Africa Research and Innovation Hub no British High Commission Nairobi, Jordan Kyongo.
De acordo com o site govbusinessjournal, este estudo e o conjunto de ferramentas digitais foram desenvolvidos na sequência de um desafio crescente do acesso ao mercado por parte dos empresários não só no Quénia, mas em todo o continente africano. A existência de diferentes requisitos regulamentares, certificações, tarifas e outras barreiras significa que, mesmo que os empreendedores consigam vender produtos num país, terão de obter 55 licenças diferentes para operar nos outros 55 países.