O director-geral do Instituto Nacional de Normalização e Qualidade (INNOQ), Geraldo Albasini, revelou que o País gasta anualmente, mais de 127 milhões de meticais (1,9 milhões de dólares) com despesas de acreditação dos produtos e serviços nacionais.
Citado pela Rádio Moçambique, o responsável explicou que o processo de acreditação ainda é feito fora de Moçambique, e que se recorre normalmente a entidades sediadas na África do Sul ou Portugal, havendo a pretensão de criar, dentro de dois anos, um organismo no País.
“Dentro de dois anos, iremos criar a Organização Nacional de Acreditação de Moçambique, com vista a diminuir os custos de operacionalização e fazer com que os produtos respondam aos padrões internacionais, promovendo confiança junto dos consumidores, empresas e investidores”, argumentou.
Recentemente, o INNOQ afirmou que todos os produtos importados por Moçambique devem passar por uma verificação e certificação obrigatória antes do embarque nos seus países de origem, no âmbito da implementação do Programa de Avaliação da Conformidade (PAC), lançado pelo Governo. A medida visa garantir que os produtos cumpram os padrões de qualidade e segurança estabelecidos, para proteger os consumidores e assegurar a segurança alimentar.
Em entrevista ao Diário Económico, Geraldo Albasini explicou que o PAC surgiu como resposta a desafios significativos de qualidade no mercado, identificados por acções de fiscalização da Inspecção Nacional das Actividades Económicas (INAE). “Observámos um elevado nível de produtos contrafeitos, de baixa qualidade e de origem duvidosa em Moçambique, o que motivou a necessidade de medidas mais rigorosas para proteger os consumidores”, afirmou.