O Governo moçambicano afirmou que os países e os parceiros de cooperação devem intensificar os esforços para mobilizar mais recursos financeiros com vista à execução dos projectos desenhados e ao alcance dos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), alertando que faltam apenas seis anos para o fim do prazo da agenda 2030.
Intervindo em Nova Iorque, Estados Unidos da América (EUA), durante a realização da 79.ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Manuel Gonçalves, exortou todos os Estados-membros a acelerarem os compromissos assumidos, com destaque para o combate à pobreza, conflitos, terrorismo e mudanças climáticas.
“Encorajamos o reforço da cooperação mutuamente vantajosa para responder aos desafios prevalecentes. Moçambique encara com optimismo o futuro colectivo no qual possa reinar um ambiente de paz e segurança”, sublinhou.
Gonçalves defendeu que o funcionamento das instituições globais deve acompanhar as dinâmicas actuais, secundando que devem ser implementadas algumas reformas na ONU, sobretudo no Conselho de Segurança, para abrir espaço para uma maior inclusão, dando voz permanente ao continente africano.
“Moçambique sente-se encorajado com a contínua colaboração entre as Nações Unidas e a União Africana, no âmbito da superação de conflitos, manutenção da paz e segurança internacionais”, apontou.
O governante ressalvou que, nos últimos dois anos, o País contribuiu directamente para a paz e segurança no mundo, colaborando através de todos os temas da agenda do Conselho de Segurança.
“Sobre os ataques terroristas na província de Cabo Delgado, informamos que o Executivo moçambicano está actuar de forma vigorosa com apoio da SADC, Ruanda e outros parceiros internacionais, embora permaneçam alguns desafios”, concluiu.