Dois navios militares de Portugal e França chegaram esta segunda-feira (30) ao Porto de Maputo para intensificar a cooperação no combate à pirataria e reforçar a segurança marítima de Moçambique. Esta iniciativa faz parte dos contínuos investimentos do País para proteger as suas águas, contando com o apoio de nações experientes no sector, informou o jornal notícias.
O capitão-de-fragata Ricardo Sá Cranja explicou que a visita dos navios Champlain e Viana do Castelo “visa promover o intercâmbio militar e capacitar as Forças Armadas moçambicanas.”
“A iniciativa teve o seu início no ano passado, e hoje voltámos para dar continuidade ao trabalho, pois a ideia é ajudar os países na questão de segurança marítima, concretamente o combate à pirataria”, afirmou.
Os navios permanecerão em Moçambique por várias semanas, realizando treinos focados no combate a incêndios, reparação de equipamentos, busca e salvamento, além de fiscalização pesqueira. Sá Cranja esclareceu que os treinos não incluirão operações contra o terrorismo em Cabo Delgado. “As equipas militares só realizarão treinos na área de combate à pirataria e nada sobre o terrorismo”, referiu o capitão-de-fragata.
Simultaneamente, o Instituto Nacional do Mar (INAMAR) tem intensificado a formação de técnicos para reforçar a fiscalização nas águas territoriais e transnacionais, como parte dos esforços para combater crimes como a pesca ilegal e o tráfico de drogas. A recente conclusão do terceiro curso de capacitação paramilitar para funcionários do INAMAR, em KaTembe, província de Maputo, reflecte esse compromisso.
Actualmente está em andamento a criação do Centro de Coordenação de Operações de Fiscalização Marítima Integrada (CEFMAR), com o objectivo de partilhar recursos e inteligência entre os países costeiros para combater actividades criminosas que ameaçam a segurança regional.