O Instituto Nacional de Estatística (INE) fez saber que as receitas arrecadadas nos parques e áreas de conservação aumentaram em 2023, fixando-se nos 226 milhões de meticais (3,5 milhões de dólares), muito acima dos 221 milhões de meticais (3,4 milhões de dólares) de 2022 e os 149 milhões de meticais (2,3 milhões de dólares) contabilizados em 2021.
No relatório sobre os “Indicadores Básicos do Ambiente de 2023”, divulgado pela Lusa, a entidade referiu que em 2020, devido aos efeitos das restrições impostos pela pandemia da covid-19, as receitas foram apenas de 68 milhões de meticais (um milhão de dólares), enquanto em 2019 se situaram nos 181 milhões de meticais (2,8 milhões de dólares).
“O País conta com 11 parques nacionais, o maior dos quais do Limpopo, localizado na província de Gaza, com 11,2 mil quilómetros quadrados. Há ainda sete reservas e áreas protegidas”, sustentou o INE.
O documento clarificou que, em 2023, viviam no interior das áreas protegidas um total de 205,3 mil pessoas, distribuídas por 162 comunidades.
Em Abril, foi anunciado que o Parque Nacional de Maputo, reserva protegida e localizada a 70 quilómetros da cidade de Maputo, registou em 2023 um recorde de visitantes, ao receber mais de 20 mil turistas, o que contribuiu para o crescimento e recuperação dos investimentos naquele local.
Segundo o administrador do Parque Nacional de Maputo, Miguel Gonçalves, o número de turistas tem aumentado entre 10% e 15% todos os anos, sendo que o ano passado foi o melhor de todos.
“Foi o melhor ano de sempre em termos de visitantes. Estamos a chegar aos níveis em que estávamos antes da covid-19. Na componente de actividades marinhas, estamos ainda a recuperar, mas 2017 foi o melhor ano em termos de número de mergulhadores”, explicou.
O Parque Nacional de Maputo junta duas áreas protegidas historicamente estabelecidas, em terra e no mar: a Reserva Especial de Maputo e a Reserva Marinha Parcial da Ponta do Ouro.