A ministra da Justiça, Assuntos Constitucionais e Religiosos, Helena Kida, afirmou que algumas das reivindicações dos juízes não poderão ser atendidas de imediato devido à falta de verbas no Orçamento do Estado. Entre essas questões está a segurança dos magistrados, que será analisada caso a caso, mas o diálogo entre o Governo e os juízes continua, com o objectivo de evitar uma greve, informou o jornal O País.
Inicialmente, os juízes tinham planeado uma greve para o dia 9 de Agosto, mas decidiram suspendê-la após o Governo mostrar disposição para negociar. No entanto, Kida alertou que algumas das exigências não poderão ser resolvidas rapidamente. “Claro que em relação a algumas das reivindicações, chegámos à conclusão de que não podem ser respondidas de imediato”, explicou.
Uma das principais reivindicações dos magistrados é a melhoria das suas condições habitacionais. Segundo a ministra, isso requereria a compra ou construção de novas casas, o que exige tempo e recursos financeiros que o Governo não possui actualmente.
Outro ponto levantado pelos juízes tem que ver com a sua segurança. O Governo está a estudar formas de garantir essa protecção, sem comprometer os recursos destinados ao combate do terrorismo em Cabo Delgado. “As armas que devem ser adquiridas para a protecção dos magistrados devem ser destinadas à protecção individual”, ressaltou a ministra.
Helena Kida fez estas declarações esta quinta-feira (26), em Maputo, durante a Conferência Nacional Religiosa, onde também destacou o papel fundamental das igrejas na promoção da paz em Moçambique.
A conferência, realizada sob o tema “Confissões religiosas, unidas na construção de uma cultura de paz em Moçambique”, sublinhou a importância das instituições religiosas no fortalecimento da paz no País.